Doar Sangue é um ato voluntário que
salva vidas. Conheça o processo de doação e saiba como ser um doador.
Doar sangue é mais do que um dever de todo cidadão, é um gesto de amor..
Sua atitude merece louvores e será lembrada como um ato de cidadania e
solidariedade. Mas, para ser um doador, é preciso que você se enquadre em
alguns Critérios para Doação.
OBS: Todas as informações abaixo estão no site do HEMOPE (Hemocentro de
Pernambuco), caso resida em outro estado, procure o Hemocentro mais próximo.
Critérios
para Doação
Para ser um doador, além de ter uma
atitude altruísta, é preciso que você cumpra alguns requisitos.
1. Identificação
É obrigatório a apresentação de um documento oficial do Brasil, com
foto.
2. Idade
O doador deve ter, no mínimo, 16 anos completos e, no máximo, 68 anos,
11 meses e 29 dias.
3. Peso
O doador deve pesar no mínimo 50 kg.
4. Pulso
Características normais, com frequência entre 60 e 100 bpm.
5. Menstruação
Não contra-indica a doação
6. Freqüência e intervalo entre as
doações
Máximo de 04 doações ao ano para o homem e 03 para a mulher.
7. Alimentação
O doador deve fazer uma refeição leve antes da doação. Não pode doar
quem estiver em jejum prolongado (mais de 12 horas).
8. Saúde
É importante que o doador esteja se sentindo bem e que não esteja
doente.
9. Atividades
O candidato que for piloto de avião ou helicóptero, motorista de
carretas ou ônibus, trabalhar em andaimes ou praticar pára-quedismo ou mergulho
e não puder interromper, por pelo menos 12 horas, as suas atividades, não pode
doar sangue.
Qualquer critério para a doação pode ser alterado pelo médico, a quem
cabe, de acordo com a situação, a autorização final.
Para agendar sua doação, ligue 0800-081-1535.
Etapas da
Doação
A Doação dura cerca de uma hora e é realizada em local planejado, para
segurança e conforto do doador.
1. Recepção e registro
O doador é cadastrado no Hemope, com base na apresentação de documento
oficial de identificação com foto (carteira identidade, CPTS, Carteira Nacional
de Habilitação, etc.).
2. Triagem clínica
O doador é orientado a se dirigir a um local onde são aferidos os sinais
vitais (pulso, pressão e temperatura), conferidos peso e altura e realizado
teste de anemia (quantidade de hemoglobina). Com base nos resultados, o
triagista avaliará, durante uma entrevista, se o candidato tem condições de
efetuar a doação sem que ela lhe traga algum prejuízo ou problemas ao receptor.
Se o doador não tiver condições para doar, o triagista irá lhe explicar o
motivo da inaptidão e se esta situação é temporária ou definitiva. Se o doador
estiver apto para doar, assinará um termo de consentimento e será encaminhado
para a sala de coleta, após fazer um lanche.
3. Coleta do sangue
É realizada por profissionais de saúde treinados, e o material utilizado
é de uso único, estéril e descartável. A cada doação, é coletada uma bolsa de
sangue de aproximadamente 450 ml. Ao final da doação, é obrigatória a oferta de
uma hidratação adequada ao doador.
4. Fracionamento do sangue
Os componentes do sangue são separados - glóbulos vermelhos, plasma e
plaquetas. Esse processo permite que dois ou mais pacientes sejam atendidos com
uma única doação, recebendo apenas o componente sanguíneo necessário ao seu
tratamento.
5. Exames laboratoriais
Ao mesmo tempo, o sangue doado é testado no laboratório do Hemope, para
identificar possíveis portadores de sífilis, doença de Chagas, hepatites B e C,
Aids e HTLV I e II, além da classificação sanguínea e do fator Rh.
6. Liberação do sangue
O sangue só é liberado quando todos os exames sorológicos estão
negativos. Quando algum teste dá alterado, é enviada correspondência para a
residência do doador, solicitando o seu comparecimento ao Hemope para receber
orientação médica e coletar nova amostra de sangue. Resultados reagentes nos
testes podem ocorrer por vários motivos, não significando, necessariamente, que
exista alguma doença.
ATENÇÃO!!!
É bom lembrar que não se deve doar sangue para fazer exames, uma vez que
o objetivo da doação de sangue é salvar vidas, mas deve-se proteger o paciente
para que ele não adquira outra doença na transfusão. Pessoas interessadas em
avaliar suas condições gerais de saúde ou esclarecer sintomas, devem procurar
atendimento médico nos postos de saúde ou com seus médicos assistentes. Pessoas
que estiveram expostas a situações de risco acrescido para aquisição de DST
deverão procurar atendimento médico a fim de avaliar os sintomas ou receios e
para verificar se serão necessários exames complementares ou apenas
acompanhamento. Além disso, existem locais onde é possível realizar exames para
pesquisa de doenças sexualmente transmissíveis (DST), gratuita e
sigilosamente:os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Consulte os
endereços dos CTA de todo o Brasil ou mais informações podem ser obtidas pelo
e-mail: cta@aids.gov.br
Esclarecendo
Dúvidas
Tire suas dúvidas sobre doação de
sangue conferindo as respostas e perguntas mais frequentes sobre o assunto.
Em cada doação, são coletados aproximadamente 450 ml de sangue.
Não, porque na doação de sangue se retira menos do que 10% do volume
sanguíneo total de um adulto.
O plasma é reposto em algumas horas, as plaquetas se restabelecem em
alguns dias, e as hemácias demoram alguns meses. Por esse motivo, a doação de
sangue só pode ser realizada a cada 90 dias para os homens e 120 dias para as
mulheres.
Não. A doação de sangue é um ato altruísta e voluntário que depende da
iniciativa de cada cidadão, e o retorno é o entendimento de que só nós somos a
única fonte desse produto.
5. É necessário estar em jejum para
doar?
Não. É importante que o doador se alimente normalmente, evitando ingerir
alimentos gordurosos no dia da doação. Após o almoço, é necessário esperar
cerca de duas horas para efetuar a doação de sangue.
6. Corro algum risco de contaminação
doando sangue?
Não. Todo o material utilizado é estéril, de uso único e descartável.
7. Posso apresentar alguma reação
doando sangue?
Raramente acontece e, na maioria das vezes, está relacionada com a
ansiedade. Caso haja alguma reação, no local da coleta de sangue há sempre uma
equipe preparada para atender a qualquer intercorrência.
8. Durante o período menstrual, a
mulher pode doar sangue?
Sim, não há nenhum risco para a saúde da mulher na doação de sangue.
[Ver critérios para Doação]
9. É realizado algum exame no sangue
doado?
Sim. Tipagem sanguínea, sorologia para hepatites B e C, doença de
Chagas, sífilis, HIV (vírus da Aids) e HTLV. [Ver etapas da Doação]
10. Eu sou comunicado se algum exame
der alterado?
Sim. Se algum exame der alterado, é enviada correspondência para a
residência do doador solicitando o seu comparecimento para receber orientação
médica e coletar nova amostra de sangue. É importante que o doador não deixe de
vir ao Hemope para que possam ser esclarecidas as dúvidas. Resultados reagentes
nos testes sorológicos podem ocorrer por vários motivos, não significando,
necessariamente, que exista alguma doença.
11. É possível doar sangue fazendo
uso de medicamentos?
Depende do tipo da medicação. No dia da doação, durante a entrevista, é
realizada essa avaliação. [Ver etapas da Doação]
12. Quais os cuidados que devo ter
após a doação
O doador deve alimentar-se bem, ingerir bastante líquido e evitar
bebidas alcoólicas, bem como, fumar nas primeiras duas horas e esforço físico
no dia da doação.
13. O que é feito com o sangue doado?
O sangue é separado em hemocomponentes, como concentrado de hemácias,
concentrado de plaquetas e plasma fresco. Após a realização dos testes
laboratoriais, esses hemocomponentes são enviados aos hospitais para serem
usados em pacientes que estão com sangramentos, em tratamento quimioterápico,
para cirurgias, transplantes etc. O plasma excedente (que não foi utilizado nos
pacientes) também poderá ser encaminhado à indústria de Hemoderivados para
produção de medicamentos que serão utilizados por pacientes portadores de
doenças hemorrágicas.
14. Os exames realizados na doação se
prestam para diagnóstico de possíveis doenças?
As características dos testes sorológicos são adequadas para a triagem
laboratorial antes da liberação da bolsa de sangue, não sendo utilizados para
diagnóstico de doenças.
15. Se eu estiver em dúvida sobre a
possibilidade de contaminação por algum vírus transmitido através da doação,
devo doar sangue?
De forma nenhuma. O candidato com intenção de realizar os testes
sorológicos não deve doar; primeiro porque os testes realizados não se prestam
para diagnóstico e segundo porque existe a possibilidade de ele se encontrar em
"janela imunológica".
16. O que é "janela
imunológica"?
Janela imunológica corresponde ao período em que o organismo já está
infectado, mas ainda não produz anticorpos em suficientes para serem detectados
nos testes da triagem sorológica. O tempo varia de doença para doença e, com o
aperfeiçoamento dos testes e o desenvolvimento de outros, será possível a
detecção cada vez mais precoce da infecção. Mas, por enquanto, é na entrevista
de triagem clínica que se pode levantar informações sobre situações de risco
para janela imunológica. Daí, a importância da sinceridade do doador ao
responder as perguntas feitas na triagem.
17. Por que quem recebeu transfusão
só pode doar sangue um ano depois?
Porque quem recebeu transfusão de sangue há menos de um ano pode estar
no período denominado "janela imunológica", no qual as infecções nem
sempre são detectadas nos exames. O prazo de 12 meses para a doação de sangue
inclui uma margem de segurança, que considera a variação do período de janela
imunológica das diversas doenças transmissíveis pelo sangue.
18. A Fundação Hemope realiza exames
rotineiros de sangue ou para verificação de doenças sexualmente transmissíveis
(DST)?
Não. A Fundação Hemope, além de receber doações de sangue, atende apenas
pacientes portadores de doenças hematológicas.
19. Por que são feitas tantas
perguntas a respeito da vida sexual (comportamento sexual) do candidato à
doação?
Porque várias doenças transmitidas via relações sexuais são também
transmitidas pela transfusão de sangue. Algumas delas podem também demorar a
serem identificadas nos exames de sangue. Por isto, o triagista avalia se a
pessoa esteve exposta a alguma situação com um risco maior que o habitual para
adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST); uma vez que todas as pessoas
sexualmente ativas são consideradas sob risco de adquirir uma DST. Não poder
doar por uma determinada situação, não significa que a pessoa apresente comportamento
de risco, que seja de grupo de risco ou promíscua. Significa apenas que ela
deve aguardar um prazo de segurança para que, se tiver adquirido alguma doença,
o exame consiga detectá-la, protegendo o receptor do sangue.
Se você tem mais alguma dúvida sobre doação de sangue, entre em contato
com o Hemope. Teremos a maior satisfação em prestar mais esclarecimentos.
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